Ter um ambiente seguro no comércio online é vantajoso para clientes e lojistas. Existem diversos tipos de fraudes no e-commerce que podem gerar transtornos financeiros e legais para ambos. Identificar e prevenir essas ações é fundamental para não perder clientes ou colocá-los em risco, garantindo a saúde da sua organização.
A adaptação dos recursos antifraude deve ser estendida também para o mobile. De acordo com pesquisa do Google, o número de compras realizadas por smartphones cresceu 120% em 2016, concluindo também que o dispositivo se tornou um dos principais responsáveis pelo acesso à internet da população mundial. Por isso é tão importante ficar atento à segurança das tecnologias responsivas.
Pensando nesse e em outros detalhes sobre o assunto, resolvemos criar este artigo para alertar e esclarecer possíveis dúvidas sobre os principais golpes no comércio virtual. Convidamos você para essa leitura!
Como acontecem as fraudes no e-commerce?
De acordo com a 3ª edição do Raio-X da Fraude, a cada 45 compras feitas no e-commerce brasileiro em 2018, uma tinha origem fraudulenta. Embora a atividade fraudulenta tenha reduzido em 27,3% em relação à 2017, ainda existe um longo caminho pela frente. Dessa forma, é fundamental empreender ações preventivas para reduzir as consequências desse tipo de situação.
Assim, ao falar sobre fraudes devemos considerar uma série de particularidades. Primeiramente, é preciso subdividir os desdobramentos das ocorrências em dois principais grupos: o dos compradores e o das lojas. A estratégia deve buscar proteger essas duas pontas que deixam o e-commerce mais sensível para ataques.
De um lado, temos a pessoa que busca adquirir um produto. Em alguns casos, existe a intenção velada de burlar o sistema para tirar algum proveito. Quando o cliente está nutrido de boas intenções — o que acontece em grandes partes dos casos — pode sofrer ainda sim com vulnerabilidades do seu ambiente de compra, como o computador, celular, navegador utilizado e a segurança da rede que está acessando.
Nas lojas, os principais ataques estão relacionados à captura e uso indevido de dados como endereços, documentos e números de cartão de crédito para aplicação de golpes futuros no mercado. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, o e-commerce é o responsável legal pela proteção dos dados de seus clientes. Vale ficar atento.
Pensando ainda no usuário dos e-commerces, estes podem sofrer com ofertas enganosas e lojas que vendem e não entregam os produtos. Apesar de conseguir o reembolso da compra em muitos casos, o transtorno pode gerar desconfiança e dificultar que ele faça novas compras em sites confiáveis.
Quais são os principais tipos de fraudes no e-commerce?
Fraudes distintas exigem medidas personalizadas. Aprenda a reconhecer os cinco tipos de golpes mais comuns para, posteriormente, blindar ao máximo seu negócio dessas ações. Confira.
1. Fraude efetiva
É o modelo mais comum. Acontece quando alguém tem seus dados clonados e outra pessoa efetua compras em seu nome, colocando o endereço de entrega de um laranja. Apesar de danosa para ambos os lados, o lojista é geralmente o mais prejudicado pela contravenção.
O detentor dos dados e do cartão solicitará o cancelamento e a empresa de crédito — após análise — muitas vezes efetua a devolução. Mesmo que ele seja notificado da compra indevida pelo celular e efetue esse processo no mesmo dia, pode ser que a loja receba essa informação somente após ter despachado o produto, arcando integralmente com o prejuízo.
2. Phishing
Também conhecida como controle de contas, a prática se baseia em copiar o ambiente virtual da loja dentro de um site malicioso e simular comunicações que induzam a pessoa a acessar o endereço eletrônico e efetuar a compra.
Quando o comprador insere seus dados, acreditando estar no site real do e-commerce, suas informações são roubadas e diversas ações criminosas acontecem, como transações bancárias não autorizadas, compras indevidas, entre outras.
3. Violação de senha
O fraudador tem acesso aos dados digitados na tela do cliente e consegue descobrir a senha vinculada à loja virtual. Nesses casos, é comum que ele acesse o pedido realizado e altere os dados de entrega, para receber o produto no lugar do comprador legítimo.
Pode ainda realizar novas compras e mais uma vez o lojista não terá tempo hábil para saber da fraude e fará a postagem do produto.
4. Autofraude
Esse é um caso onde a farsa é realizada pelo próprio cliente e portador dos dados. Esse usuário realizará a compra normalmente, porém, no prazo de 180 dias, garantido pelo Código do Consumidor, ele liga para sua operadora e solicitar a contestação da compra, alegando não ter sido ele o realizador.
Esses consumidores costumam ser identificados pelas financeiras em seus processos de sinistro e avaliação de fraudes. Contudo, até que isso aconteça e ele seja bloqueado para futuras compras, sua empresa arcará com o golpe.
5. Fraude amiga
Acontece quando um amigo ou familiar furta os dados financeiros da pessoa e os utiliza para realizar comprar em seu nome. O fraudado é notificado sobre a compra — em alguns casos somente após o recebimento da fatura — e solicita o estorno sem saber que foi uma pessoa próxima que cometeu o crime.
Quais são as consequências para a loja?
O maior dano continua sendo o prejuízo financeiro. Como quase sempre as compras são canceladas, a loja não recebe o pagamento da negociação e não consegue reaver a mercadoria despachada.
Utilizando um prisma abrangente, essas instabilidades vinculadas à compra por meio dos e-commerces pode afetar a confiabilidade e inibir a entrada de novos compradores no setor, prejudicando a expansão e captação de futuros clientes. Em função disso, a empresa deve investir em tecnologia e ferramentas que tragam maior segurança às transações.
Como identificar e prevenir a ocorrência das fraudes?
A saída seria investir nos recursos e softwares antifraude existentes no mercado, bem como adquirir uma plataforma para e-commerce personalizada e integrada a essa e outras soluções que garantam a proteção da sua loja virtual.
Os principais sistemas antifraude servem como um banco de informações das compras realizadas dentro dos outros clientes do serviço e usa análise preditiva para conter novas ações maliciosas de grupos fraudadores já conhecidos.
Essas soluções e softwares contra fraudes costumam, a partir disso, atribuir uma pontuação para cada transação, uma vez que rastreiam o IP, telefone, endereço e dados financeiros das compras.
Com isso, ao identificar a divergência, como um endereço de entrega diferente do domicílio do potencial comprador, o sistema costuma reter a operação para análise manual ou bloqueia definitivamente a tentativa de compra.
As empresas que prestam o serviço costumam oferecer garantia de suas análises, ressarcindo o e-commerce em caso de fraude. Embora exista a cobrança pelo serviço, a redução no número de chargebacks é bem maior que esse custo adicional.
Como vimos, conhecer os tipos de fraudes no e-commerce é fundamental para manter o correto funcionamento e a lucratividade nas vendas online. Utilize essas dicas e os recursos disponíveis para proteger seu site e cliente, ficando atento às novidades do setor, pois, as técnicas e criatividade dos marginais tendem a se renovar continuamente.