Hoje em dia, quanto mais meios de pagamento disponíveis, maiores serão as chances de conclusão de compra. No entanto, ao pagar uma taxa de cartão muito alta, fica difícil para os comerciantes oferecer opções variadas aos clientes.
Uma ótima solução para o problema é saber negociar as taxas do cartão de crédito com as operadoras ou bancos. Isso porque essas tarifas afetam diretamente o preço final de produtos e serviços.
Para que você saiba mais sobre o assunto, mostraremos, neste artigo, como uma negociação da taxa de cartão pode aumentar o faturamento do lojista. Continue a leitura e confira!
As taxas de cartão cobradas
A taxa sobre as vendas no cartão de crédito é o principal custo para os lojistas no processamento de pagamentos, mas esses valores são variáveis e podem ser negociados junto às operadoras dos cartões.
Entretanto, existe um padrão estabelecido para os pagamentos desse tipo de taxa, como o fato de que o valor cobrado no cartão de débito tende a ser menor do que o determinado para as operações no crédito. Além disso, a taxa aplicada para a venda parcelada é sempre a mais alta.
Ademais, também é avaliado pelas operadoras a quantidade de vendas e o valor médio de cada compra. Por isso, é necessário um histórico de, pelo menos, três meses de vendas no cartão para tentar uma negociação.
O impacto das tarifas no e-commerce
Embora pareça ser insignificante, a taxa dos cartões de crédito pode representar prejuízos consideráveis aos lojistas, levando em conta os custos e a incidência em produtos de baixa lucratividade.
Além da taxa e do custo com intermediadores e gateways de pagamento, existem despesas adicionais, como o valor para juros por antecipação de recebimento, que em média é de 42%. Quando a antecipação não é feita, há uma diminuição do saldo disponível no caixa, por isso muitos comerciantes optam por antecipá-la.
Em geral, o peso das taxas cobradas por transações de cartões de débito e de crédito podem reduzir o lucro dos lojistas em 24% e 30%, nas respectivas modalidades.
Percebe-se, diante disso, que as taxas pagas às operadoras contribui para reduzir a rentabilidade do estabelecimento, sobretudo do e-commerce, que concentra suas vendas nessa modalidade.
Apesar de a utilização de cartões de crédito gerar custos adicionais, em relação às outras formas de pagamento, ela viabiliza a ampliação do mercado ao lojista, com maiores tíquetes, maior segurança e eventuais reduções de inadimplências. Para o próprio consumidor, a compra no cartão é mais prática e mais segura.
Dicas para uma boa negociação
Sempre que necessário, o lojista precisa saber negociar em benefício da redução de perdas financeiras, a fim de garantir uma melhor gestão para o negócio. Nesse caso, além de saber persuadir, é preciso conhecer bem as implicações das operadoras e dos bancos.
Confira, a seguir, algumas dicas de como negociar com a sua operadora de cartão e com o banco para economizar dinheiro.
Conheça bem como as operadoras funcionam
A primeira dica é essencial para alcançar sucesso nas suas negociações. E não pense que será um processo rápido ou fácil, pois manter um bom relacionamento com as operadoras de cartão requer disposição e leva tempo.
Por esse motivo, ter todas as suas vendas concentradas em apenas uma operadora facilita todo o processo. Contudo, é sempre bom ter uma segunda opção que sirva como segurança, caso não tenha resultados positivos com a primeira.
As operadoras mais conhecidas nesse segmento e que concentram o maior número de clientes são a Cielo e a Redecard. Fique por dentro das vantagens oferecidas e saiba como funcionam as taxas, antes de iniciar a negociação.
Mantenha sempre uma boa relação e demonstre conhecimento de direitos e deveres. Se necessário, peça para conversar com o gerente do seu banco, ele pode ajudar muito nessa hora. É comum que muitos bancos tenham soluções designadas para muitos problemas institucionais, portanto, recorra a isso.
Saiba quando começar a negociar
O ideal é que a empresa tenha pelo menos três meses de rendimento com a operadora para iniciar a negociação. Antes disso, esse fornecedor poderá usar como explicação a falta de tempo necessário para equilíbrio das suas operações.
Quando o prazo se completar, apresente alguma proposta de negociação, revelando qual a sua expectativa — faturamento e quantidade de vendas — para os próximos 12 meses. O recomendado é que a negociação seja feita a cada ano.
Identifique qual opção de pagamento representa o seu maior volume de vendas (débito, crédito ou parcelado) e busque negociar taxas menores nessa operação, ainda que as outras continuem mais altas.
Seja convincente e persuasivo
Sem dúvida, uma boa negociação é feita com “lábia” e manejo inteligente das informações. Um gestor eficiente deve manter uma comunicação clara e aberta, apelando sempre que for preciso para os seus artifícios.
Seja seguro e firme na conversa, o atendente será insistente e fará com que você desista do seu objetivo. Mas tenha bons argumentos e não encerre a ligação até conseguir uma negociação.
Mantenha-se calmo
A principal característica de uma negociação eficiente é estabelecer uma boa comunicação entre os envolvidos. Por mais que você tenha inúmeras razões para pedir redução da taxa de cartão, não deixe de ser educado e paciente e saiba ouvir o atendente.
Não se esqueça de que, na hora de formular o preço do seu produto, é importante integrar as tarifas, além de planejar os recebimentos parcelados, já que eles também influenciam no fluxo de caixa. Dessa forma, você não fica no prejuízo.
Por fim, em qualquer tipo de negociação, o ideal é sempre procurar uma proposta em que as partes se sintam satisfeitas. Afinal, produtos e serviços de qualidade, às vezes, podem custar um pouco mais caro.
Seguindo as nossas dicas, você realizará uma boa negociação com as operadoras e conseguirá reduzir o valor da taxa de cartão, aumentando, assim, o faturamento do seu negócio. Vale a pena tentar!