A alta concorrência no mercado e o nível de exigência cada vez maior dos consumidores faz com que as empresas encontrem maneiras de diversificar as suas estratégias. Com a chegada da internet, surgiram os e-commerces, por exemplo, e, agora, os marketplaces estão ganhando mais espaço nos canais digitais. Mas, na prática, como montar um shopping virtual?
Por melhor que seja a sua ideia, produto e/ou serviço oferecido e até mesmo atendimento, é preciso muita organização para assegurar que tudo funcione de maneira satisfatória e o potencial do marketplace seja, de fato, explorado. Seja para aumentar o faturamento da sua loja virtual, seja para se adequar ao comportamento do mercado, é importante conhecer essas ações.
Continue a leitura para saber exatamente o que fazer e qual é o cenário para o mercado em que você está entrando. Com as ações certas colocadas em prática, toda a performance do seu e-commerce pode ser aprimorada.
Qual é o cenário dos shoppings virtuais no Brasil?
Antes de entender o panorama dos shoppings virtuais no Brasil, é importante compreender, de fato, o que significa esse termo. Na prática, um marketplace funciona como um shopping center: reúne diversas lojas em um só espaço. A principal diferença é o fato de isso ser feito de forma virtual.
Ou seja, em vez de se concentrar em vender mais apenas para os seus clientes, um e-commerce pode decidir expandir o seu alcance, fazer parte de um marketplace e, assim, se destacar para conquistar novos clientes. Normalmente, a loja que decide fazer isso — assim como no mundo físico — precisa pagar uma taxa para vender seus produtos em outros canais.
O modelo tem dado tão certo que a aderência por parte das empresas é cada vez maior. De acordo com o levantamento Panorama dos Marketplaces no Brasil, realizado pela Precifica, o aumento do número de lojas atuando nos shoppings virtuais saltou pouco mais de 90% entre os anos de 2017 e 2018, com um aumento de 7 mil e-commerces para 14 mil.
Os números não mentem: para quem busca ampliar o seu faturamento e impactar uma parcela cada vez maior de consumidores, os marketplaces podem ser extremamente eficazes, atraindo clientes em potencial para o seu negócio ao utilizar, por exemplo, o tráfego gerado por uma gigante no setor ou vice-versa, utilizando a sua loja para promover outros negócios.
Dados de uma pesquisa realizada pela PwC mostram que 95% dos brasileiros que fazem compras online utilizam os marketplaces como canal de negociação. Ou seja, é um comportamento natural do consumidor e pode ser uma forma de atrair cada vez mais clientes para as suas páginas.
Na prática, como montar um shopping virtual?
Assim como você pode se filiar a um marketplace, também é possível criar o seu próprio e utilizar o tráfego nas suas páginas para alugar um espaço para outras lojas. A seguir, respondemos aos principais questionamentos Confira!
Qual é o primeiro passo a ser dado?
O primeiro ponto que deve ser levantado é o propósito desse movimento. Ou seja, qual o seu objetivo ao criar um shopping virtual. Afinal, você só vai saber se a sua estratégia deu certo ou não tendo uma meta traçada. Em seguida, é preciso estudar sobre o cenário do seu segmento de mercado e, assim, definir se um marketplace poderia ser eficiente.
Também é importante avaliar a sua organização interna, ou seja, analisar se o seu e-commerce está preparado para receber mais tráfego e demanda, por exemplo. Tudo isso precisa ser considerado para garantir que a tentativa de aumentar o faturamento da sua loja não seja, na verdade, o início de uma complicação maior para o seu negócio.
Como escolher a melhor plataforma de marketplace?
Além disso, é preciso ter os recursos e ferramentas ideais para criar o seu próprio marketplace, escolha que passa diretamente pela plataforma selecionada. Por isso, procure por uma solução que garanta um controle dos produtos mais simples de ser realizado , o split financeiro para facilitar o pagamento do usuário, enfim, tudo que garanta a melhor experiência ao usuário.
Quais critérios adotar para montar o seu portfólio?
Outro fator importante é examinar bem qual é o tipo de e-commerce que você vai receber em seu marketplace. Afinal, por mais que esteja claro para o consumidor que ele está comprando de outra empresa, você também tem responsabilidade na experiência — e na satisfação — que o usuário precisa ter durante a compra. Portanto, procure parceiros com boa reputação no mercado e que tenham avaliações positivas.
Em quais exemplos de sucesso você pode se inspirar?
Agora que você já sabe como montar um shopping virtual e todos os cuidados que você deve ter durante esse processo, conheça os exemplos de marketplaces mais inspiradores para garantir que você esteja adotando a estratégia certa para o futuro do seu negócio.
Amazon
Quando o assunto é e-commerce nos Estados Unidos, é impossível ignorar o impacto gerado pela Amazon, que domina 49,1% do mercado norte-americano. Uma das razões é o uso da estratégia de shopping virtual, que atrai inúmeros lojistas por conta do seu imenso tráfego.
Mercado Livre
Por muito tempo visto com desconfiança pelos usuários, o Mercado Livre se reformulou e, hoje, é um dos principais shoppings virtuais do Brasil. Para se ter uma ideia da influência do marketplace na estratégia da empresa, foram 3,2 bilhões de dólares em vendas por meio desse modelo de negócio em 2018. Nada mal, concorda?
Saber como montar um shopping virtual permite, portanto, que você se destaque em um mercado com estratégias cada vez mais diversificadas e agressivas ao mesmo tempo. É preciso encontrar formas de se diferenciar dos seus concorrentes e investir na criação de um marketplace pode ser o caminho mais eficiente para isso, gerando mais opções de faturamento para o seu e-commerce.