Fazer com que um e-commerce tenha um crescimento sustentável é objetivo de muitos gestores. No entanto, quando um negócio realmente começa a entrar em um novo patamar é preciso lidar com desafios e solucionar diversos problemas, inclusive em relação a ferramentas consideradas aliadas, como a plataforma de e-commerce, principalmente na migração.
No artigo de hoje, vamos mostrar como identificar o momento certo para realizar a migração de plataformas e como passar por essa situação sem correr riscos que podem levar desde a perda de vendas ao descrédito da sua empresa. Confira!
1. Saiba quando fazer a migração de plataforma
A migração é um processo de alto risco e, portanto, só deve ser realizada após um planejamento minucioso. Por isso é importante começar com o pé direito, detalhando os motivos que levaram a empresa a buscar uma nova plataforma de e-commerce.
Parte das motivações tem a ver com a necessidade de melhorar a experiência do usuário e, assim, aumentar o número de visitas e tempo de permanência no site.
Nesses casos, é fundamental buscar plataformas que possibilitem uma customização mais profunda do layout da loja, a otimização da experiência em dispositivos móveis e a redução de problemas técnicos — que travam a loja e afugentam compradores.
Por outro lado, existem razões ligadas à gestão para migrar de plataforma. Apostar em uma ferramenta que proporcione uma integração mais profunda com outras soluções de TI, como sistemas ERP e CRM, é um bom exemplo disso.
Da mesma forma, pode ser preciso investir em uma ferramenta com recursos mais robustos e estáveis que permitam operações complexas, como precificação dinâmica ou gestão de cobranças recorrentes.
2. Cuide da segurança
Não subestime os cuidados com a segurança em um e-commerce, pois cada transação envolve dados sensíveis da loja e de clientes, incluindo informações bancárias. Por isso, é essencial utilizar certificados de segurança nos sites para minimizar os riscos de invasão e roubo de dados.
O problema é que a maioria dos certificados digitais não são universais, ou seja, eles podem não ser compatíveis com todas as plataformas de e-commerce. Portanto, verificar a compatibilidade do seu certificado é um passo básico.
Caso essa compatibilidade não exista, você deverá procurar um novo certificado. Solicite apoio do fornecedor da plataforma para encontrar a solução ideal a preço justo.
Um lembrete: caso a migração esteja relacionada à mudança de domínio do seu e-commerce, a troca do certificado digital é certa. Esse é, inclusive, um dos motivos para manter o mesmo domínio da loja, a não ser que a alteração seja necessária dentro da estratégia de gestão do e-commerce.
3. Preserve os dados
Provavelmente, sua loja tem um enorme capital armazenado nos servidores, isto é, informações sobre cada transação realizada via plataforma, desde o número de vendas até dados que ajudam a visualizar o perfil dos seus visitantes. Perder essa mina de ouro está fora de cogitação.
Aqui, a preocupação deve ser em garantir que o seu banco de dados estará disponível na nova plataforma. Algumas ferramentas permitem a importação automática de informações, como a descrição de produtos e histórico de clientes.
Talvez seja necessário reinserir os dados manualmente. O processo é lento e exige atenção aos detalhes. Sendo assim, deve ser planejado com antecedência e executado durante um período de baixa movimentação no site, como durante uma madrugada.
Também não esqueça de planejar a migração de dados referentes às soluções de gestão, como as informações dos sistemas ERP e CRM e também aquelas oriundas do meio de pagamento escolhido, seja um gateway ou intermediador.
4. Não se esqueça do SEO
Utilizar técnicas de Search Engine Optimization é essencial em e-commerce. O uso de palavras-chave e boa descrição de imagens, por exemplo, ajudam a loja a galgar melhores posições em buscadores como o Google, melhorando os índices de tráfego orgânico no seu site.
Ao realizar a migração de plataforma, todas as ações focadas em SEO podem ser perdidas caso não haja o cuidado necessário e, aqui, estamos falando sobre a URL. O ideal é que o endereço das páginas não se altere devido à migração, mas caso isso ocorra a loja pode trabalhar com direcionamentos automáticos para as URLs corretas.
Dessa forma, todo o trabalho de SEO realizado anteriormente não é perdido, o que poderia demandar um longo período de trabalho para que a sua página online voltasse a alcançar boas posições no Google ou Bing.
5. Tenha atenção aos detalhes
Alguns fatores podem passar despercebidos durante a migração da plataforma, mas fazem toda a diferença no sucesso da operação. O primeiro deles diz respeito ao horário da mudança. Como sua loja pode ficar fora do ar nesse momento, o ideal é optar por realizar a migração durante a madrugada ou em períodos de baixo movimento na loja.
Como falamos, manter a URL da loja facilita uma série de etapas na migração. Portanto, confira se você tem a gestão da chave de segurança do DNS (Sistema de Nomes de Domínio) ou se ela está no domínio de um fornecedor ou outro terceiro.
Também é preciso manter a sua loja antiga como um back-up por um tempo. A ideia é garantir que, caso ocorra qualquer problema durante a migração ou nas primeiras semanas de operação, os gestores possam acessar o sistema antigo e recuperar informações importantes.
Por fim, não se esqueça de realizar testes. Eles são importantes para verificar a estabilidade da nova loja, entender a sua navegabilidade e detectar riscos à experiência do usuário. Além disso, ajudam no treinamento da sua equipe para a utilização da plataforma escolhida.
6. Encontre um fornecedor parceiro
Todos os passos anteriores podem ser facilitados se você escolher o fornecedor certo. O parceiro deve ter um setor de atendimento com alta disponibilidade, preferencialmente 24 horas. Assim, você sabe que não ficará na mão em qualquer momento da migração.
O fornecedor também deve ser um aliado estratégico, orientando sua empresa durante o delicado processo da migração e garantindo que os objetivos com a mudança sejam atingidos no menor tempo possível.
Por fim, não esqueça de verificar se a plataforma oferecida realmente vai atender suas demandas, como a integração mais profunda com outras ferramentas de gestão ou com gateways e intermediadores de pagamento.
Seguindo essas dicas, é possível minimizar o impacto desse processo e aproveitar os benefícios de uma migração de sucesso.
*Artigo originalmente publicado em março de 2018 e atualizado em outubro de 2020.