A escolha de uma boa plataforma B2C costuma ser um desafio para os empreendedores que pretendem ter a sua própria loja virtual. Graças à variedade existente no mercado hoje em dia, os lojistas podem ficar ainda mais confusos. No entanto, essa decisão não pode ficar para depois ou ser tomada sem o devido cuidado. Afinal de contas, a plataforma de e-commerce é a base desse empreendimento online.
Se você também tem dúvidas sobre como escolher a melhor opção para a sua loja virtual, não deixe de conferir o artigo de hoje. Vamos apresentar as principais diferenças entre uma plataforma de e-commerce B2C para uma B2B, alguns dos principais benefícios de se investir nesse sistema e, ainda, 7 pontos relacionados à plataforma capazes de impactar as vendas.
As diferenças entre uma plataforma B2B e uma B2C
Com tantas siglas existentes no meio do comércio eletrônico, é interessante diferenciarmos uma plataforma B2B de uma B2C. Vamos entender quais são as distinções existentes entre elas.
Plataforma B2B
As vendas B2B (ou “Business to Business”) são aquelas que acontecem quando temos duas corporações fazendo um negócio entre si.
Por conta disso, a forma como é feita essa transação, os seus métodos de pagamento e os motivos que levam o usuário até o carrinho de compras são bem diferentes daqueles existentes em um comércio eletrônico voltado para o público convencional.
Por exemplo:
- comportamento: as compras são feitas de forma racional, bem planejada e em grandes volumes;
- precificação: o preço apresentado por uma plataforma B2B é diferenciado para cada tipo de cliente e, por isso, nem sempre eles ficam abertos para o usuário;
- estoque: como os itens são vendidos em lote, o controle de estoque é um pouco diferente daquele praticado no e-commerce B2C, uma vez que os produtos são pedidos mediante o número de vendas;
- pagamento: no B2B, as vendas são faturadas (de acordo com a aprovação de crédito), podendo ser feitas também com boleto, crédito e, inclusive, cartão BNDES;
- frete: nesse modelo, existem basicamente dois tipos de frete: o CIF (Cost, Insurance and Freight) — algo como Custo, Seguro e Frete, similar ao que ocorre no B2C, em que a empresa fica com os custos da entrega; e o FOB (Free On Board) — traduzido como Livre a bordo, totalmente por conta do cliente. Ou seja: no FOB, é o consumidor quem faz o pedido e gerencia a logística de busca das mercadorias no vendedor.
Plataforma B2C
Na plataforma B2C (ou “Business to Consumer”), as vendas são direcionadas para o público comum e não para as empresas. Por isso, todo o processo de negociação e de fechamento de compra é bastante diferente daquele adotado pelos sistemas B2B.
Por exemplo:
- comportamento: a compra por impulso, movida pela emoção, é bastante comum em uma loja virtual. Além disso, se as aquisições são feitas em lotes na plataforma B2B, a compra de um único item tende a acontecer aqui;
- precificação: o preço é único para todos e fica bastante explicitado no site;
- estoque: no comércio eletrônico B2C, é preciso manter um bom controle de estoque, uma vez que mercadorias paradas por muito tempo podem significar prejuízo para o comerciante;
- pagamento: não existe uma pré-aprovação do cliente antes da compra; no entanto, a entrega só ocorre após o pagamento (que pode ser por meio de crédito, débito, boleto e, até mesmo, transferência bancária);
- frete: simplificado, podendo, inclusive, ser gratuito para o consumidor.
Os benefícios de investir em uma plataforma B2C
Agora que você já sabe quais são as diferenças entre uma plataforma B2B e uma B2C, é hora de conferir os benefícios que a opção voltada para o consumidor final pode trazer para o seu negócio.
Menor investimento
Quem já abriu uma loja física sabe que os investimentos para isso são bastante consideráveis.
Existe a preocupação com o aluguel ou a compra do imóvel, a contratação de funcionários, as eventuais reformas no local e uma infinidade de processos legais e burocráticos relacionados ao funcionamento de uma estrutura física. Como o estabelecimento não funciona até que tudo isso esteja de acordo, o retorno sobre o investimento acaba levando certo tempo.
Com uma loja virtual, a história é bastante diferente: normalmente, as únicas partes físicas necessárias dizem respeito ao estoque e o local onde serão realizadas as funções administrativas — muitas vezes adotando-se o esquema de contratação de funcionários home-office, que trabalham em suas próprias casas.
Fácil expansão
Se as suas vendas estão indo muito bem e é necessário fazer uma expansão da loja, ou se você começou a vender para o exterior pelo site, nada disso representa um problema grave para um e-commerce.
No caso de uma alta demanda (dentro ou fora do país), basta adicionar mais banda ao servidor do site e fazer os arranjos de estoque e contrato com as transportadoras, caso necessário.
Adesão aos nichos de mercado
Trabalhar com nichos de mercado é algo bem mais fácil de ser feito — e até testado — em uma loja virtual. Tudo isso graças à facilidade de direcionar o marketing de forma mais direta na web.
Melhor entendimento sobre os clientes
Desde a hora em que um usuário acessa o seu site até o momento em que efetua uma compra, todo o seu comportamento pode ser monitorado, gerando diversos insights para que a plataforma aprenda a otimizar as suas vendas.
Vale ter em mente, ainda, que as informações geradas também podem (e devem) ser compartilhadas com a equipe de marketing, a fim de utilizá-las para embasar campanhas e ações de publicidade na web.
Aumento da autoridade de marca
De acordo com um estudo publicado pela business.com, mais de 70% dos consumidores dizem realizar alguma busca por resenhas de produtos online antes de adquirir determinado item.
Isso mostra a importância de ter uma boa autoridade de marca no mundo digital e de ser encontrado na internet (por meio do conteúdo e de boas práticas de SEO), até por quem ainda não começou o seu processo de compra.
Análise de conversão
No e-commerce, também é possível, além de monitorar o comportamento dos usuários, realizar testes dentro do sistema adotado para entender qual é a melhor maneira de fazer com que uma pessoa realize ou não uma compra.
Esse processo é o que chamamos de análise de conversão: algo feito para entender profundamente os motivos que podem levar alguém a fazer alguma compra e voltar a adquirir algum produto em sua loja.
7 pontos que impactam as vendas
Existem diversos benefícios em adotar uma plataforma B2C para o seu negócio. Então, é hora de entender quais são as principais características que um e-commerce desse segmento precisa ter para obter sucesso nas vendas.
1. Qualidade do suporte no B2C
O suporte oferecido pela plataforma é um dos principais fatores que precisam ser verificados o quanto antes. Se surgirem dúvidas sobre alguma funcionalidade, você certamente vai querer que as suas perguntas sejam respondidas de maneira rápida e eficiente.
Pensando nisso, verifique quais canais são disponibilizados para prestar esse suporte. Normalmente, quanto mais opções, melhor. Afinal, a variedade torna o atendimento mais acessível e, consequentemente, mais rápido, além de permitir uma interação maior entre quem precisa de auxílio e quem pode efetivamente ajudar.
Vale lembrar que um ponto de destaque das lojas virtuais é o fato de funcionarem 24 horas por dia, durante os 7 dias da semana. Por isso, é importante que o SAC atenda em diversos horários e de forma acessível, já que dúvidas e problemas não agendam reuniões, mas simplesmente surgem.
Outro item que deve ser considerado é como os outros clientes avaliam o atendimento oferecido pela plataforma. Esse tipo de análise o ajudará a entender se o suporte é realmente de qualidade ou se deixa a desejar de alguma forma.
2. Possibilidade de integração
A personalização da plataforma vai variar de acordo com o nicho de atuação da sua loja virtual. Exatamente por isso, o ideal é correr atrás de informações para checar o seu leque de possibilidades. Procure saber, por exemplo, se a ferramenta permite fazer a integração com outros softwares para acrescentar funcionalidades novas.
Gateways de pagamento e recuperadores de carrinhos abandonados são exemplos de programas que acrescentam muito valor quando integrados à plataforma. Fique de olho também na possibilidade de automação de funções, que vem se tornando uma prática bastante adotada nos comércios eletrônicos.
3. Customização do layout
Além de permitir a integração de outros sistemas com a sua loja virtual, o ideal é que a plataforma também permita a customização do layout. Como o visual do e-commerce é um dos primeiros aspectos que os usuários observam, o melhor é optar por um sistema que admita a personalização dos aspectos visuais.
A ferramenta também deve oferecer suporte ao design responsivo — quando o layout se adapta aos mais diversos tamanhos de tela dos dispositivos móveis. Para você ter uma ideia, o mobile foi responsável por mais de 50% das transações feitas em 2017. Portanto, vale a pena investir nessa funcionalidade.
4. Navegabilidade e usabilidade
O layout é um aspecto muito observado pelo consumidor e tem impacto direto na decisão de compra. Porém, atenção: o design perde o valor se não tiver uma boa navegabilidade. Como existe uma confusão entre os termos “navegabilidade” e “usabilidade”, vamos aproveitar para explicar as diferenças desses conceitos.
Navegabilidade
Ela está diretamente associada ao nível hierárquico das opções dentro da sua loja virtual. De maneira simples, podemos dizer que é pela navegação que os clientes encontram os produtos desejados, informam-se sobre as suas funções, encontram os dados da empresa e assim por diante.
Procure saber se o consumidor consegue encontrar a página de contato do e-commerce com facilidade e se todas as informações estão claras e acessíveis. Só respondendo a essas (e tantas outras) dúvidas é que você conseguirá otimizar a navegação do usuário dentro do seu site.
Usabilidade
Ela deve garantir que a audiência consiga efetivamente aproveitar os recursos oferecidos por sua loja virtual. Um exemplo de má usabilidade é quando o comprador se depara com informações confusas ou encontra dificuldades para executar alguma ação específica.
No fim das contas, a navegabilidade pode ser resumida como sendo a orientação das informações dentro da página, enquanto a usabilidade corresponde ao uso dos recursos finais da loja.
5. Otimização para mecanismos de busca
Para o e-commerce ser encontrado por novos clientes, ele precisa ter um bom posicionamento nos buscadores. De olho nisso, opte por uma plataforma B2C que permita a otimização desse ponto com a inclusão de palavras-chave.
Segundo um estudo do PWC Research, 61% dos consumidores que visitam o site de um e-commerce têm como objetivo comparar preços dos produtos. Por isso, sua marca deve se destacar perante os concorrentes também nesse momento.
Para que isso seja viável, conheça a fundo o perfil de seus clientes. Entenda quais são os seus hábitos, os seus anseios e até as suas fraquezas. Esse é o começo de uma boa estratégia de SEO. Por meio de pesquisas, é possível entender quais termos são mais buscados por eles. A partir daí, você pode usar tais informações sobre o público para deixar as suas ofertas mais atraentes.
Um elemento interessante é o blog corporativo, que terá a função de educar o usuário ao longo da sua jornada de compra. Afinal, como já dissemos, antes de tomar uma decisão definitiva, o consumidor moderno faz pesquisas para se informar sobre o produto ou serviço de seu interesse. Assegure-se de que o seu blog será uma dessas fontes.
6. Campo para reviews
Na prática, o ambiente digital oferece uma grande gama de possibilidades para os consumidores, que podem recorrer aos mais variados meios e recursos para embasar as suas escolhas. A confiabilidade continua influenciando muitas decisões de compra. E os reviews geralmente dão uma boa ideia sobre o produto em si ou a experiência geral, motivando mais e mais compras.
Ao publicar avaliações dos usuários sobre o seu produto ou serviço, você dará ainda mais confiança para futuros clientes comprarem da sua marca. A sua empresa também precisa mostrar que realmente se preocupa com a segurança e a privacidade da audiência. Falaremos mais sobre isso no próximo tópico.
As opiniões de outros usuários são cruciais para que o consumidor chegue a uma decisão final. Dessa forma, fica fácil entender por que é tão relevante optar por um sistema que permita a inclusão de um campo para deixar avaliações dos produtos comprados.
7. Segurança e privacidade
Um bom modo de demonstrar o seu compromisso com o conforto e a segurança dos usuários é usando certificações e selos para comprovar que o ambiente da sua loja virtual é realmente seguro.
O certificado mais comum no e-commerce é o SSL (Secure Socket Layer), que pode ser facilmente reconhecido pelo cadeado verde posicionado ao lado do endereço do website. Essa certificação garante segurança para todo o tráfego de dados.
Como dissemos no começo do artigo, a plataforma servirá de base para todas as ações realizadas na sua loja virtual. Dessa maneira, é preciso saber quais são as necessidades do seu mercado de atuação, bem como avaliar quais pontos são os mais relevantes nessa escolha.
*Artigo publicado originalmente em janeiro de 2018 e atualizado em agosto de 2018.
