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A internet traz aos empreendedores inúmeras facilidades para que seus negócios prosperem. A possibilidade de alcançar milhares de pessoas em poucos minutos é real, no entanto, as ações precisam ser bem pensadas. Ter um Instagram para loja virtual tende a favorecer os resultados nesse sentido.

Hoje, a plataforma conta com 1 bilhão de usuários ativos por mês. Assim, pode ser considerada uma ferramenta poderosa para que as marcas consigam seus principais objetivos: aumento da autoridade, maior engajamento, mais fidelização e crescimento das vendas.

Todavia, o aplicativo tem particularidades que as empresas precisam levar em consideração. Por exemplo, de forma diferente de outras redes sociais, ele valoriza bastante o contexto visual, com imagens atraentes.

Entender todas as especificidades é primordial para dominar tudo o que a ferramenta tem a oferecer. Continue a leitura e conheça mais sobre como usar o Instagram no seu e-commerce.

1. Instagram: as principais características dessa rede social

Lançado em 2010 pelo norte-americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, o aplicativo conseguiu 1 milhão de downloads ainda no mesmo ano. Em 2012, foi comprado pelo Facebook por 1 bilhão de dólares. Desde então, continuou crescendo e ganhando cada vez mais seguidores.

Quando comparada a outras redes sociais, é possível perceber que o Instagram tem um apelo essencialmente visual. Diferentemente do Facebook ou Twitter, por exemplo, nos quais os usuários podem se comunicar por meio de mensagens escritas, essa plataforma chama muito mais a atenção por meio de imagens. Assim, com fotos e vídeos, as empresas transmitem mensagens, ganham visibilidade, interagem com os seguidores e promovem produtos e serviços.

Outra característica marcante do aplicativo é o fato de grande parte da usabilidade dele contar com melhor experiência por intermédio dos smartphones, em vez de desktops. Esse fato favorece para que ele seja acessado muito mais rapidamente e com frequência maior. Além disso, cada vez mais, o Instagram é apontado como preferência dos mais jovens. Essas informações podem ser úteis para marcas que têm millennials e geração Z como público-alvo.

Para empresas, como e-commerces, o aplicativo proporciona diversas facilidades para acompanhamento das métricas, como quantidade de impressões. Ademais, pelo fato de contar com simplicidade para criar e compartilhar conteúdos e engajar com histórias, pode ser tida como ótima ferramenta para investir em marketing digital.

2. Produção de conteúdo

Conteúdos com imagens aqui serão os principais meios de comunicação entre a marca e os seguidores. É por meio das postagens que os usuários estabelecerão seus próprios julgamentos sobre a empresa, saberão dos produtos oferecidos e conhecerão um pouco sobre os valores que ela transmite.

O Instagram possibilita a criação de publicações de diversos fins, o que permite às marcas atingirem variados propósitos e públicos.

2.1. Conteúdos não publicitários

Nem todas as postagens precisam ter um foco publicitário. Publicações mais autênticas, com humor ou informações relevantes são boas estratégias para manter interação, sem tornar o processo cansativo.

A criatividade aqui é importante, a fim de que as ações para manter o relacionamento tenham aparência despretensiosa. Um bom exemplo é um e-commerce de produtos cosméticos desenvolver tutoriais ensinando tipos de maquiagem para diversas situações.

Ele consegue entregar conhecimento relevante, ao mesmo tempo em que aumenta o engajamento. Pensar nas estratégias do funil de vendas, usando imagens e vídeos, com conteúdos educativos é, claramente, um método eficaz. A linguagem na comunicação será usada de acordo com a audiência e o nicho de produtos.

Espécies de postagens com memes, citações, curiosidades, datas comemorativas e reflexões são algumas das ideias que podem surtir efeito. Os CTAs são muito importantes aqui também. Uma boa tática é pedir para que os seguidores marquem alguém nos posts.

2.2. Conteúdos publicitários

Ao postar produtos, é fundamental que as fotos sejam de qualidade, pois, como sabemos, a comunicação do Instagram é visual. Os detalhes nas imagens, como plano de fundo e jogo de luz, são importantes.

Não é preciso pensar apenas em fotos profissionais ou com modelos. Fazer posts com os próprios consumidores usando os itens que compraram costuma ser eficiente também. Além de ser uma forma de reconhecê-los como clientes — o que ajuda a manter a relação com a marca — , é, ainda, uma tática persuasiva — um gatilho do reconhecimento social.

Usar hashtags com as palavras-chave é uma ação recomendada, para atrair engajamento de forma orgânica.

2.3. Conteúdos para Stories

Os Stories costumam ter conteúdos mais dinâmicos e exclusivos, permanecendo ativos por até 24 horas. No entanto, é possível também fixá-los permanentemente no perfil, a fim de que os visitantes os vejam sempre que quiserem. Fazer isso ou não fica a cargo das intenções do conteúdo.

Por exemplo, é possível criar histórias mostrando os bastidores do e-commerce ou evidenciar algo exclusivo, como sorteios. São publicações do tipo “fora de cena” que, apesar de engajadoras, não contêm informações tão relevantes.

Para as histórias fixas podem ser usados conteúdos como promoções ou dicas — para usar, lavar, conservar etc. São aqueles comunicados que precisam ser de conhecimento dos seguidores em médio ou longo prazo.

As hashtags também caem bem nos Stories, pois, da mesma forma, têm o poder de engajar.

2.4. Conteúdos para IGTV

O IGTV atua como uma espécie de YouTube para o Instagram. Foi feito pensando naquelas publicações de vídeos longos — até 60 minutos — e na posição vertical.

Não é obrigação que todos os e-commerces o usem, no entanto, pode ajudar a gerar tráfego se os conteúdos forem significativos. As informações a serem colocadas aqui podem ser aquelas mais extensas e educativas, de acordo com o funil de vendas, do tipo “como fazer algo”, “x dicas”, “x passos” etc.

2.5. Conteúdos para Lives

Lives são transmissões, em tempo real, que ficam armazenadas por apenas 24 horas. Dessa maneira, são recomendadas para conteúdos com o fim de engajar, de uma forma dinâmica. É possível mostrar bastidores, fazer sorteios, novidades, lançamentos de mercadorias, por exemplo.

3. E-commerce e Instagram: como tirar o melhor proveito

Saber usar de forma estratégica o Instagram para loja virtual, pode gerar ótimos resultados sem que seja obrigatório fazer grandes investimentos financeiros em marketing. Basta saber conduzir as ações para que a marca consiga gerar interesse em futuros clientes, mas fugindo de atitudes invasivas.

3.1. Promoções no Instagram

Dar descontos em datas promocionais costuma gerar engajamento no post — o que é bom para os algoritmos —, além de levar tráfego para o site da loja. No entanto, é sempre importante estabelecer objetivos e ter um planejamento.

Assim, definir o que a marca pretende conseguir com os resultados da promoção, como aumento do ticket médio, crescimento de seguidores ou mais engajamento para a fidelização são os primeiros passos. Além disso, pensar na forma como será a divulgação, o prazo e as características da audiência — como hábitos de consumo e situação financeira — são fundamentais.

3.2. Sorteios no Instagram

Sorteios tendem a gerar bastantes seguidores e likes, já que a empresa pode estabelecer estratégias, como a gamificação, solicitando que os usuários marquem uma quantidade predefinida de amigos nas postagens.

O ideal é fazer a divulgação alguns dias antes, a fim de que as pessoas consigam ver o post a tempo e todos os marcados consigam participar. Fazer lives no dia em que o sorteio ocorrerá é uma forma de mostrar clareza com relação ao processo e manter as pessoas ainda mais engajadas ao perfil.

3.3. Instagram shopping

Uma ótima oportunidade do Instagram para loja virtual. Afinal, agora as marcas podem adicionar fotos de produtos com tags, indicando o valor da mercadoria e inserindo um link que direciona à página de compra do site.

A dica para gerar mais tráfego é usar a criatividade e postar imagens mais descontraídas, que não tenham o intuito direto de expor para vender. Isso tende a gerar, inclusive, boa experiência de compra para aquele usuário que só queira passar um tempo na rede social e se depara com itens sedutores. Dessa forma, em poucos cliques ele é capaz de concluir sua aquisição.

3.4. Instagram como canal de geração de tráfego

O aplicativo consegue atrair mais tráfego para site do e-commerce. Com ações bem delimitadas e pensadas para a persona da marca e com bons CTAs, o gestor é capaz de fazer a audiência crescer.

Além disso, é possível pensar em técnicas para ter mais engajamento em posts mais antigos. Por exemplo, fazer uma retrospectiva das melhores postagens e colocar o direcionamento para elas nos Stories é um excelente método de otimizar os resultados dos algoritmos.

4. Publicidade no Instagram

O Instagram para loja virtual tem uma ferramenta parecida com a do Facebook, que permite ao empreendedor investir em anúncios. Além disso, pela ferramenta Insights, presente no aplicativo, é possível analisar os resultados das atividades dos seguidores, como quantidade de visualizações, temas de postagens mais curtidas, localização geográfica e até os horários em que existe mais engajamento.

4.1. Instagram Ads: como funciona

Os anúncios na rede são parecidos com qualquer outra postagem. Têm formato de foto ou vídeo, com os quais as pessoas podem interagir, como fazer comentários ou dar like. Como essa plataforma tem vínculo com o Facebook, é necessário fazer a integração das suas contas profissionais.

Isso porque o gerenciamento será feito pela própria página do Facebook em “gerenciador de negócios”. O guia é intuitivo, mas, de forma geral, o gestor escolherá o objetivo que ele deseja com a campanha — reconhecimento da marca, alcance, tráfego, por exemplo —, definir o perfil do público que ele deseja atingir e o posicionamento do anúncio.

Nessa última opção será possível apontar se a propaganda será mostrada apenas no Instagram ou no Facebook também.

4.2. Tipos de anúncios

O aplicativo trabalha com tipos de anúncios diferentes e que podem ser veiculados no feed e no Stories, dependendo da característica de cada um.

4.2.1. Carrossel

É um conjunto de fotos ou vídeos, com no máximo 10 cartões. Em cada imagem é permitido colocar um texto e uma CTA, que poderá ser linkada com uma URL. Pode ser gerado também no Stories, desde que a proporção das imagens seja 9:16.

4.2.2. Imagem única

A ideia é parecida com a anterior. Porém, será apenas uma foto e vale para Stories também.

4.2.3. Vídeo único

É possível publicar um vídeo de até 60 segundos, com arquivo .mp4, .mov ou .gif. Também é aceito no Stories, mas com duração de 15 segundos.

4.2.4. Apresentação multimídia

Aqui são gerados slides automáticos, nos quais é possível escolher entre 3 e 10 imagens para um vídeo de até 15 segundos e com opção de música. Esse formato não roda no Stories.

4.2.5. Coleção

Essa opção é muito utilizada por quem pretende vender produtos. Para criar um modelo de vitrine para a propaganda é só ter um inventário cadastrado no Gerenciador de Catálogos do Facebook.

4.3. Quanto custa anunciar no Instagram

Os anúncios podem ser pagos de duas formas: por dia ou de maneira vitalícia. Na forma diária, o anunciante escolherá um valor X para alcançar por dia.

No modelo vitalício, ele coloca um montante total para que seja gasto. Assim, vale dizer que não existe um custo fixo por anúncio. No entanto, na medida em que você aumenta o orçamento o qual está disposto a gastar, o alcance e a previsão de alcances diários melhoram.

4.4. Como produzir e veicular bons anúncios

Da mesma maneira que outras estratégias de marketing digital, é importante que o empreendedor faça as devidas análises da persona da empresa, definir as palavras-chave — que serão usadas nas hashtags — e determinar o tipo de linguagem ideal. Ter fotos e vídeos de qualidade também é fundamental, pelas próprias características do Instagram.

Analisar o Insights dará maior percepção de como anda a aceitação das postagens e anúncios, a fim de que a marca possa fazer os ajustes adequados e testar outras hipóteses.

4.5. Posts e Stories patrocinados

Outras formas mais simples de anunciar é gerar posts e Stories patrocinados. No perfil comercial existe um botão “promoção” ao lado de “editar perfil”. Nessa parte, é só escolher alguma das publicações já feitas.

Será necessário, ainda, selecionar o destino para o qual as pessoas irão, que pode ser, por exemplo, o próprio perfil da marca no aplicativo ou o site do e-commerce. Assim como os Ads, é preciso escolher o público, o orçamento e a duração.

5. Métricas do Instagram

É possível observar vários dados importantes, obtidos por meio de várias pesquisas, a respeito do Instagram. Por exemplo, a pesquisa Facebook Marketing Science e Qualtrics, realizada em 2016, trouxe as seguintes observações:

  • as pessoas acessam o aplicativo 9 vezes ao dia;
  • a maioria (37%) prefere pesquisar sobre o assunto moda no Instagram do que em outras formas convencionais, como revistas (32%) e TV a cabo (20%);
  • marcas e lojas também são mais buscadas (28%) pelo aplicativo, do que por revistas (23%), por exemplo;
  • 2 em cada 5 usuários já realizaram compras por influência do Instagram. E desses, 84% fizeram aquisições de modo online;
  • descobertas por novas marcas, por esse aplicativo, já tinham acontecido com 59% dos respondentes.

Opinion Box, em 2018, coletou, de 2538 usuário pelo Brasil, as seguintes informações:

  • 83% dos que responderam afirmaram seguir, no Instagram, alguma marca ou empresa;
  • 50% compraram algum produto que conheceram por meio do aplicativo;
  • 73% gostam de assistir aos Stories pelo menos uma vez por dia.

Além disso, o próprio Facebook Business afirma que:

  • 90 milhões de usuários, de todo o mundo, tocam em uma publicação de compras, a fim de obter mais dados sobre o produto;
  • 70% das pessoas que gostam de moda entram no aplicativo para descobrir novidades.

Além do mais, em 2018, a pesquisa Social Media Trends verificou que o Instagram foi citado como a rede social preferida por 47,1% dos respondentes, deixando o Facebook com o percentual de 29,6%.

6. Boas práticas e erros a serem evitados

Assim como em qualquer ambiente, o virtual dispõe de alguns preceitos que podem colaborar para a boa imagem da marca. Há algumas boas práticas que devem ser adotadas no Instagram. Confira abaixo.

6.1. Otimizar a bio

Quando os usuários entram no perfil da marca, a primeira atenção que costumam dar é à descrição da bio. Logo, se ela estiver clara, organizada, adequada ao público e com as informações importantes, a empresa costuma causar um bom impacto.

Procure ser criativo e sucinto, pois a permissão é de até 150 caracteres. Emojis podem tornar a comunicação mais leve e despojada, mas devem ser usados de acordo com as características da audiência. Também é permitido inserir um link, o que ajuda a gerar tráfego ao destino. Assim, colocar A URL da loja virtual é uma boa opção.

6.2. Conhecer o público

Como em qualquer tipo de estratégia online, conhecer o perfil do público é essencial para que você defina o modo com o qual interagirá nas suas publicações. A partir dele, é possível também ter inspirações para as palavras-chave nas hashtags.

Além disso, é sempre uma ação fundamental observar o horário no qual as pessoas mais interagem, além de buscar se manter por dentro dos temas comentados pelos consumidores, no momento, e das tendências do e-commerce.

6.3. Responder interações

Ainda é importante dar atenção a todo tipo de interação. Responder perguntas ou curtir elogios, por exemplo, é um modo de prezar pelo relacionamento com os seguidores, que se sentirão reconhecidos e tenderão à fidelização.

6.4. Criar identidade visual

Essa não é uma regra absoluta, mas muitas marcas gostam de criar sua própria identidade, a partir de tons de cores relacionadas e hashtags exclusivas. É uma forma de elaborar um branding, tornando a empresa mais sólida e memorável. Colocar tags nos stories permanentes, além de deixar o perfil mais organizado, também reforça essa questão da personalização.

6.5. Não exagerar nas hashtags

Hashtags são excelentes estratégias para a conversão, pois são espécies de keywords. É a partir delas que qualquer usuário tem condições de descobrir os produtos e serviços da empresa. No entanto, o ideal é não exagerar na quantidade, pois esse comportamento gera a impressão de que a marca quer apenas ganhar seguidores e curtidas. Não existe um número exato do que é considerado exagero, mas seguir o bom senso pode ajudar. Além disso, elas precisam ser relevantes para realmente atraírem.

6.6. Não comprar seguidores

Não custa falar que a prática de comprar seguidores não é aconselhável. O intuito de estar nessa rede é ter pertinência aos usuários. Não adianta ganhar uma grande quantidade de followers e não ter engajamento ou resultados com as vendas. Além disso, perfis fakes tendem a ser descobertos e apagados pelo aplicativo.

6.7. Acompanhar o Insights

Mensurar os resultados é tão importante quanto o planejamento. Essa ferramenta permite conhecer bem o perfil dos usuários que interagem, ajudando assim a criar estratégias mais direcionadas. Além disso, ela mostra o número de likes em cada post, a quantidade de vezes em que os seguidores salvaram alguma publicação, as impressões de cada postagem e o alcance do público.

O Stories também são analisados pelos comportamentos das pessoas. O Insights revela o quão engajador eles foram, a partir de ações como deslizadas e saídas das postagens.

Apesar de ser ótimo avaliar os resultados e enxergar boas interações, é recomendado não se empolgar com as chamadas métricas de vaidade. Muitos likes e comentários são excelentes para os bots, porém se eles não levarem às vendas, não existe tanto resultado.

O Instagram para loja virtual é, então, umas das melhores oportunidades atuais para que as marcas consigam criar autoridade e relevância. Todavia, tal como os outros modelos de marketing é importante realizar um delineamento das ações e avaliar, com frequência, o quanto estão sendo efetivas.

Felipe Sampaio

Felipe Sampaio

Especialista em mídias digitais pagas, empreendedor e freelancer, é fascinado por marketing e por tirar projetos do papel. Viciado em aprendizado, acredita no autodidatismo acima de qualquer modelo tradicional de ensino.