O e-commerce para farmácias é um negócio que está em evidência ultimamente. Uma das causas disso é a comodidade que os consumidores passam a ter, bem como o baixo valor de frete, uma vez que medicamentos geralmente são produtos leves e que ocupam pouco espaço.
Entretanto, vale ressaltar que esse é um mercado cheio de regulações. Na prática, isso significa que é preciso ter atenção redobrada para evitar o risco de não estar em conformidade com as regras impostas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Continue a leitura deste artigo e entenda melhor o funcionamento e os cuidados que devem ser tomados na hora de criar um e-commerce para farmácias.
A importância de um e-commerce para farmácias
Diversos empreendimentos virtuais estão surgindo e obtendo bastante sucesso. Como foi falado, a comodidade do cliente é maior, visto que ele tem a autonomia de comprar a qualquer dia e horário, visto que uma loja online fica disponível integralmente para aceitar pedidos.
Em relação às farmácias, existe agora a facilidade de comprar medicamentos sem prescrição médica. Além disso, é possível oferecer ao consumidor uma experiência de compra mais personalizada, com base no seu histórico de pedidos.
Possibilidade de medir o desempenho do e-commerce de farmácia
Quando a farmácia existe apenas fisicamente, muitos dados valiosos se perdem. Em outras palavras, mesmo que exista um sistema em que as informações do cliente e das suas compras são inseridas, ele por si só não consegue cruzar e correlacionar as informações em sua base de dados. Logo, os gestores da farmácia trabalham literalmente “às escuras”, sem uma personalização da experiência do consumidor.
Com o e-commerce de farmácia, pode-se lançar mão de ferramentas analíticas e que ajudam os gestores a acompanhar de perto o desempenho do negócio. Por exemplo, é possível ter acesso a dados como a quantidade de pessoas que não finalizam uma compra, bem como informações demográficas e etárias.
Como funciona um e-commerce de farmácia?
Embora os medicamentos sejam produtos que em muitos casos não demandam grandes estoques, é preciso todo um planejamento logístico, bem como contar com uma equipe de profissionais capacitados. Além do farmacêutico, o e-commerce de medicamentos também deve contar com equipes de:
- marketing;
- vendas;
- gestão do estoque;
- atendimento ao cliente.
Vale também destacar que um e-commerce de farmácias não precisa e nem deve comercializar somente remédios. Existem outros itens que podem ser inseridos, como cosméticos e perfumaria. O bom de ter esses outros produtos é que muitos deles não entram nas regras sanitárias da ANVISA, ajudando o negócio a ter uma determinada margem de lucro adicional.
Quais os pontos que devem ser cuidados ao ter um e-commerce para farmácia?
Agora que você entendeu a importância e o funcionamento de um e-commerce para farmácias, acompanhe as subseções a seguir e conheça os cuidados que você deve ter antes de criar uma loja virtual do ramo.
Obter informações de consumo
Saber quem são as pessoas que compram no e-commerce de farmácia é fundamental. Uma das causas para isso é que o consumidor online muitas das vezes não é o mesmo da loja física. Nesse sentido, é preciso levantar dados que ajudem os gestores a direcionar melhor as suas estratégias.
Um entrave que pode acontecer diz respeito ao fato de que pessoas idosas e crianças — que costumam ser os principais clientes de farmácias físicas — não serem tão habituadas em comprar pela Internet. Logo, é preciso saber com o máximo de exatidão qual a faixa etária predominante que está disposta a fazer compras de medicamentos online.
Ter loja física
Mesmo abrindo um e-commerce de farmácia, ainda assim é preciso manter a loja física. Uma das causas para isso é que a comercialização de medicamentos controlados e antibióticos é proibida no meio online. Essa é uma determinação prevista em uma RDC (Resolução Diretoria Colegiada), que consiste em um documento regulatório da ANVISA.
Documentação
A home de um e-commerce de farmácia deve ter algumas informações e documentos para atestar a credibilidade do negócio. Basicamente, para iniciar a operação, é preciso obter a alvará sanitário de funcionamento e a autorização da ANVISA. Além disso, a página inicial da loja virtual deve conter:
- CNPJ;
- Endereço da farmácia física;
- telefone e horário de funcionamento em lugar visível na home;
- informações acerca do farmacêutico, como o seu número de inscrição no conselho de classe;
- razão social da farmácia;
- nome fantasia.
Publicidade
A ANVISA proíbe a veiculação publicitária de medicamentos que precisam de prescrição. Mesmo para aqueles que dispensam a receita médica, é preciso observar o que diz esta RDC da ANVISA. Nesse sentido, o importante é fornecer ao consumidor o máximo de informações sobre o medicamento no site da loja virtual.
Armazenamento
Além de regulações de publicidade e documentação, a ANVISA também exige cuidados no armazenamento e na distribuição dos medicamentos. Dentre os pontos que devem ser levados em consideração, podemos citar a temperatura adequada e a limpeza do ambiente de estoque, bem como a umidade e a organização dos itens. A RDC nº 39 contempla uma série de boas práticas para assegurar um bom armazenamento e distribuição dos medicamentos.
Plataforma
Mesmo seguindo todas as regulações da ANVISA, ainda é preciso se preocupar em como contratar uma loja virtual. Nesse sentido, a escolha de uma boa plataforma, é fundamental, para assegurar uma experiência agradável e intuitiva. Outro aspecto a ser considerado diz respeito à política de privacidade do e-commerce, pois é algo que, dentre outras coisas, ajuda a conquistar a confiança do consumidor para a sua loja virtual.
Além disso, pensar na responsividade mobile é de grande importância, uma vez que muitas pessoas usam o celular para fazer compras online. Ter uma loja virtual responsiva também é importante para ranquear bem nos mecanismos de busca. O Google já tem meios implementados de dar relevância a sites que tenham uma versão mobile. Por fim, a plataforma deve oferecer vários meios de pagamento dos produtos comercializados.
O e-commerce para farmácias deve seguir as determinações da ANVISA para operar em conformidade com a lei. Além de inserir informações na home da loja virtual, é preciso ainda observar aspectos de publicidade, armazenamento e distribuição dos medicamentos. Ter profissionais capacitados de vendas, marketing, atendimento e estoque também é fundamental, assim como o uso de uma plataforma robusta de e-commerce.