Alinhar-se às necessidades do mercado é imprescindível para se tornar competitivo. Isso leva as marcas a buscarem constante evolução, de modo que sejam sempre vistas como relevantes aos consumidores. Entender qual o futuro do e-commerce faz todo o sentido a quem tem essa visão.
Realizar previsões e olhar para as tendências de e-commerce são formas de se planejar e de preparar a loja para que as vendas aconteçam com mais fluidez. Então, para ajudar você a entender melhor esse cenário, reunimos alguns elementos que têm tudo para se solidificarem ainda mais. Confira a seguir.
1. Mobile e-commerce
Se a expressão “mobile first” virou hype poucos anos atrás, demandando mais atenção dos comerciantes quanto à usabilidade do site ou da plataforma, de agora em diante ela será considerada mais comum. Com um consumidor heavy user do digital para todo tipo de serviço, deixar de oferecer boa navegabilidade e omnichannel durante as etapas de pesquisa e pagamento, por exemplo, é aumentar o risco de perder muitos clientes. O chatbot está aí para não nos deixar mentir.
A ideia é investir em plataformas responsáveis ou em aplicativos que propiciem boas experiências em todas as fases da jornada de compras.
2. Criação de novas experiências
Entregar experiências positivas será ainda mais imprescindível no futuro do e-commerce. O consumidor passará a exigir aumento da transparência nos processos, da clareza nos valores éticos, da segurança nas aquisições e da privacidade com seus dados.
A explicação para isso está em dois fatores. Um deles é relacionado ao crescimento, nos últimos anos, das informações e notícias relacionadas ao vazamento de dados, o que tem deixado as pessoas mais conscientes. O outro é relativo à nova geração, a Z, que precisa enxergar algo além da qualidade, valorizando também os princípios sociais transmitidos pela marca.
Outra forma de propiciar boas experiências é personalizá-las, usando, por exemplo, a inteligência artificial cognitiva na comunicação de uma propaganda, para entregar a mensagem certa na hora certa.
Contudo, Rafael Augusto Carlos, Gerente de Experiência do Cliente, observa que não é necessário investir em tecnologias de última ponta para chegar a esse objetivo, pois práticas simples também atingem o propósito: “imagine que um comprador esteja em dúvida entre dois modelos de tênis. Por que não deixá-lo escolher, no conforto do seu lar, e enviar os 2 pares para que experimente e devolva o que não gostou?”.
3. Logística como diferencial
Agilidade nas entregas, por meio de uma eficiente gestão da cadeia de suprimentos, será, também, valorizada. As entregas precisam contar com excelência e possibilitar o acompanhamento da encomenda em todas suas fases, desde a separação no centro de distribuição, até o minuto em que for entregue em mãos.
Parcerias com transportadoras que usem sistema GPS, permitindo a localização do entregador, em tempo real, precisam fazer parte do planejamento.
A logística ecológica é outra tendência, devido ao aumento da consciência na responsabilidade social. As marcas precisarão oferecer soluções mais sustentáveis e justas. Na França, foi criado o sistema ‘pooling’, um conceito no qual as empresas com pontos em comum nas entregas usam o mesmo distribuidor. Isso gera diminuição de CO2 e reduz os custos de transporte.
4. Inteligência artificial
Na busca de entender qual o futuro do e-commerce, certamente a inteligência artificial não fica de fora. O primeiro passo é tornar o serviço o mais online possível. “Hoje, já estamos com esse DNA digital, temos aplicativos para praticamente tudo, e os serviços estão cada vez mais acessíveis. Fazer as compras do mês assim já é possível. Com o tempo, até as mais simples ações do nosso dia a dia serão parte desse mundo. É possível que passeios, viagens e até mesmo atividades físicas venham a acontecer por realidade virtual no e-commerce”, comenta Rafael Augusto Carlos.
Quem tem condições de investir em soluções mais desenvolvidas certamente conseguirá propiciar compras bastante agradáveis e terá muitos ganhos. “Hoje, temos técnicas como ‘sistemas de avaliação’, que nos mostra a opinião de outros usuários, antes de nos decidirmos pela aquisição. No futuro, realidade aumentada e virtual, ajudarão ainda mais, pois permitirão que o consumidor ‘prove virtualmente’ uma roupa ou veja se aquele móvel ficaria bem na sala”.
5. Social e-commerce
Social commerce já tem sido muito usado e a tendência é que a prática aumente de frequência. Refere-se ao ato de integrar a loja virtual às redes sociais, facilitando aos consumidores as pesquisas, para descobrir mais sobre um produto ou afastar inseguranças sobre uma aquisição, por exemplo.
Assim, o e-commerce do futuro promete mais interação e conectividade. Só para se ter uma ideia do poder de inspiração das mídias, a pesquisa Facebook Marketing Science and Qualtrics, realizada em 2016, identificou que 2 em cada 5 usuários realizam compras influenciados pelo Instagram. A Opinion Box, por sua vez, divulgou que 83% dos respondentes seguem alguma empresa ou marca nessa mesma rede social.
6. Micro – momentos
Os micro – momentos têm relação com o uso intensivo de smartphones e, também, com a necessidade do consumidor em conseguir informações rápidas. Ao analisar esses comportamentos, o Google estabeleceu 4 tipos de micro – momentos:
- se quero saber: ainda não há intenção de compra, apenas vontade de pesquisar um assunto e tirar dúvidas. O marketing de conteúdo é uma boa estratégia aqui;
- se quero ir: o consumidor deseja chegar a algum lugar e pesquisa sobre rotas e endereços. Estratégias de SEO local ou de geolocalização são recomendadas para conseguir atração;
- se quero fazer: o usuário precisa aprender a fazer algo, por conta própria. Vídeos e tutoriais tendem a ser conteúdos bastante consumidos;
- se quero comprar: aqui o consumidor revela a intenção da compra. Todas aquelas recomendações de descrições de produtos, fotos e uso de um copywriting amigável são importantes.
Além dessas questões pontuais, é imprescindível entender que esses micro – momentos são necessidades instantâneas e devem ser supridas. Somado a isso, deve haver grande velocidade de carregamento nas páginas, além de um design responsivo.
Rafael Augusto Carlos conta que, nesse sentido, a Tray Corp pode ser uma parceira: “uma das grandes vantagens da plataforma é ser um sistema de código front end, permitindo a customização na experiência da loja. Essa completa personalização da identidade é essencial, pois é o principal caminho para melhorar a experiência de compra”.
7. Uso de drones
Os drones já são realidade fora do Brasil. Por aqui, os processos ainda estão em fase de testes. O grupo B2W foi o primeiro a introduzi-los em sua cadeia logística, para transportar mercadorias do centro de distribuição às lojas. A tecnologia ainda precisa de mais ensaios, e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ainda tem de regulamentar alguns detalhes sobre rotas e permissões. Contudo, tudo indica que, em breve, eles serão mais uma opção de entrega, junto dos Correios e das transportadoras.
Manter a competitividade é essencial para continuar no mercado, por isso é recomendado entender qual o futuro do e-commerce. Com esses 7 elementos, é possível ter uma boa perspectiva e conseguir preparar a loja, para entregar experiências otimizadas.